O Complexo do Tatuapé da Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor (Febem) passou ontem (22) pela quinta e mais grave rebelião desde as demissões em massa de funcionários, na quinta-feira (17). Cerca de 800 internos de oito das 19 unidades estavam envolvidos. Enquanto 29 adolescentes fugiam, os demais tomavam conta do Complexo: atearam fogo em colchões, tentaram destruir uma grade com uma Kombi, invadiram unidades e agrediram quem não queria participar da rebelião. Com cerca de 1.600 internos, o Tatuapé é conhecido pelos vizinhos como "campo de concentração". O governador Geraldo Alckmin disse ontem que o futuro do complexo deverá ser o mesmo da Unidade Imigrantes, desativada em 1999, depois de uma sangrenta rebelião na qual quatro internos foram mortos. No entanto, o governador evitou fixar prazos para a mudança. "A tendência é de que seja feita uma desativação, mas isso será a longo prazo. Primeiro, precisamos construir novas unidades para receber os adolescentes que estão nas unidades do Tatuapé."

Fonte: ANDI