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03 de Novembro de 2021

G1 Mogi - De janeiro a setembro de 2021, cartórios do Alto Tietê atestaram 95,6% do total de óbitos do ano passado

Cartórios da região levaram apenas nove meses para se aproximar da marca que só foi atingida em dezembro do ano passado. Apesar disso, total de mortes no mês foi menor do que o observado em 2020, segundo dados da Arpen.

O total de mortes registradas nos cartórios do Alto Tietê entre janeiro e setembro de 2021 já representa 95,6% do observado em todo o ano passado. É o que aponta um levantamento realizado pelo g1 com dados da Associação de Registradores de Pessoas Naturais (Arpen).

Ao todo, 10.266 óbitos foram atestados nos cartórios nos primeiros nove meses. Ao longo de 2020 foram 10.732. Se comparado com o mesmo período, o aumento é de 27,2% – foram pouco mais de 8 mil vidas perdidas entre janeiro e setembro daquele ano.

Embora inclua mortes de todos os tipos (causas naturais, violentas ou doenças), o índice evidencia os impactos da pandemia nas estatísticas vitais da região. Em 2019, antes da Covid-19, a média de óbitos no período era de 819 por mês. Em 2020 passou para 896 e, agora, ficou em 1.140.

O balanço inclui dados de Arujá, Biritiba Mirim, Ferraz de Vasconcelos, Guararema, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, Poá, Salesópolis, Santa Isabel e Suzano. Segundo a Arpen, o índice leva em consideração o local de registro e, não necessariamente, onde a pessoa vivia.

Apesar do aumento entre os períodos, o número de setembro desse ano foi menor que o registrado em 2020. Foram 830 atestados ao longo de 30 dias, o que mostra uma queda de 13,6%.

Mesmo assim, o índice ainda é o segundo maior para o mês desde o início da série histórica, em 2003, perdendo apenas para o total do ano passado.

Ainda de acordo com a Arpen, essa é a quarta queda consecutiva desde o pico da segunda onda da pandemia. Em fevereiro de 2021, a região bateu recorde no total de óbitos atestados no mês desde 2003. Essa foi a primeira vez, desde então, que o número não bate recorde.

Foi também durante a pandemia, em junho de 2020, que a região ultrapassou pela primeira vez as mil mortes em um mês. No primeiro semestre de 2021, Mogi das Cruzes atingiu outra marca histórica e trágica ao registrar mais mortos do que nascidos.

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