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17 de Agosto de 2022

2º Cartório de Registro Civil de Santos completa 90 anos de história

Com quase um século de atuação, a serventia já vivenciou grandes momentos da História do país, tendo o acidente que matou o candidato à presidência Eduardo Campos sendo um deles

No dia 1º de agosto de 2022, o Cartório de Registro Civil das Pessoas Naturais do 2º Subdistrito da sede da comarca de Santos completou nove décadas desde sua formação. Sendo criado no início da Era Vargas, em 1932, a serventia extrajudicial foi originada no princípio da Segunda República Brasileira.

À frente do cartório há 12 anos, Aldir Monte Bello tem uma longa trajetória cartorária. Formado em Direito em 1983, o oficial iniciou sua atuação na área extrajudicial em Piracicaba, onde ficou por 16 anos como escrevente. Depois, em Assis, atuou por mais 15 anos como oficial titular, até, em 2010, se tornar registrador em Santos. 

Há anos trabalhando com cartórios, Aldir possui uma longa trajetória no registro civil das pessoas naturais, demonstrando grande domínio da área e sua atividade profissional. Para o oficial, “o serviço executado pelo registro civil já atende com bastante eficiência o cidadão brasileiro”, enfatiza Aldir, que atua há quase 50 anos com serventias extrajudiciais.

Anteriormente, tendo exercido a profissão nos municípios de Piracicaba e Assis, ambos no interior do estado de São Paulo, Aldir notou diferenças na prestação de serviços para a população santista. “A cidade de Santos tem uma população fixa de cerca de 450 mil habitantes. Mas por ser uma sede de região, da Baixada Santista, temos uma circulação muito grande de pessoas. E os cartórios acabam sendo muito procurados”, diz o registrador.


A equipe do cartório acompanhada do oficial Aldir (de branco à direita). | Foto: Arquivo pessoal

Sobre o registro civil, Aldir enfatiza a celeridade como um dos diferenciais da atuação. “O serviço extrajudicial é, por excelência, um atendimento bem prestado e ágil. Muitos dos procedimentos solicitados pelos clientes do cartório são executados na mesma hora”, comenta o oficial, citando os principais atos da serventia, como os registros de nascimento, casamento e óbito.

Histórias

Silmara Chiamulera Lopes, substituta do oficial do 2º Cartório de Registro Civil de Santos, está na serventia há 15 anos. Tendo ingressado como auxiliar, no ano de 2007, sempre residiu no Guarujá, município há poucos minutos de Santos, também na Baixada. 

Ao lembrar de sua trajetória no cartório, comenta: “Mudou muita coisa desde que ingressei. Cheguei muito nova e não tinha nenhuma noção do que era o cartório”. E ao lembrar sua atuação ao longo desta mais de uma década na área extrajudicial, cita-a como “uma experiência maravilhosa”.

Quando questionada sobre os principais acontecimentos vivenciados pelo cartório e sua equipe, Silmara menciona de imediato o acidente aéreo que cessou a vida do então candidato à Presidência e ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Completado oito anos no último dia 13 de agosto, o acidente, ocorrido em 2014, tirou a vida do político e de mais seis pessoas que estavam na aeronave, entre assessores de Campos, o piloto e copiloto.

Decolado às 9h do Rio de Janeiro com destino à Base Aérea de Santos, um trajeto curto e realizado em menos de uma hora em condições normais, a viagem terminou com a queda do jatinho há poucos quilômetros do local de pouso, em uma área residencial do município santista.

Próximo do 2º Cartório de Santos, os profissionais e solicitantes que se encontravam na serventia no momento ouviram o enorme barulho provocado pela queda do avião. “No momento que caiu sentimos o tremor, acabou a luz na região, foi uma coisa bem triste”, conta Silmara. “À época, inclusiva até hoje, eu registrava óbitos, e fomos os responsáveis por registrar o falecimento dos ocupantes da aeronave”, lembra a substituta.

RCPN e sua evolução

Em 90 anos muitas são as mudanças ocorridas em um local. E em um cartório não é diferente. Além das modificações estruturais, como nas instalações, na equipe e até mesmo nos próprios procedimentos, as principais inovações implantadas são relacionadas à digitalização das atividades.

“Alguém que vem ao cartório de Santos e solicita uma certidão do Amazonas pode tê-la em mãos até mesmo no dia seguinte”, cita Aldir, comentando sobre a importância da CRC Nacional na prestação dos serviços. A Central do Registro Civil, plataforma que une todas as serventias de registro civil das pessoas naturais do país pela Internet, possibilitou a integração do serviço registrário.

“Os serviços ficaram bem melhores, e pedir certidões de outros cartórios ficou muito mais fácil, possibilitando que pessoas incapazes de se deslocar para solicitar o registro consigam o documento do local em que se encontra”, comenta Silmara. “Não só para nós foi boa [a criação da CRC], que trabalhamos nessa área, mas também à população.”

Quando questionado sobre as possíveis evoluções que o registro civil pode vir ter nos próximos anos, Aldir cita o aumento dos atos praticados nas serventias. “O serviço executado pelo registro civil já atende com bastante eficiência o cidadão brasileiro. Entendemos que depois da criação dos Ofícios da Cidadania outros serviços podem evoluir. São coisas que podem, futuramente, ser abrangidas pelo serviço, como emissão de passaporte e de carteira de identidade”.

Nestes 90 anos do 2º Cartório de Registro Civil de Santos muitas foram as inovações ocorridas. E não há dúvidas de que para as próximas nove décadas muitas ainda hão de ocorrer.

Fonte: Assessoria de Comunicação – Arpen/SP

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