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29 de Janeiro de 2004
Nascimentos superam em 87,7% número de mortos em Sorocaba
O número de nascimentos registrados em 2003 na cidade de Sorocaba superou em 87,8% a quantidade total de mortos. No ano passado, 8.479 crianças nasceram em Sorocaba e 4.516 pessoas morreram, o que representa uma média diária de 23 nascimentos, contra 12 óbitos e apontam um crescimento vegetativo de 3.963 pessoas na população total de Sorocaba em 2003. Os números fazem parte de levantamento realizado pelo Cruzeiro do Sul, com base nos números de registros nos quatro cartórios do município.
Em relação a 2002, os quatro cartórios juntos contabilizaram em 2003 uma redução de 147 registros de nascimentos, porém, o ano de 2002 teve 117 falecimentos a mais no mesmo período.
De acordo com o levantamento, nos dois maiores Cartórios de Registro Civil da cidade de Sorocaba - que abrangem a maior parte dos bairros da cidade - são registrados cerca de 550 nascimentos a cada mês. O Cartório Civil do Primeiro Subdistrito, que atende aos hospitais Santa Lucinda, Regional e Unimed, além de moradores estabelecidos no bairro do Cerrado e Centro, registrou, em 2003, 4.297 nascimentos, contra 2.999 óbitos, um crescimento vegetativo de 1998 pessoas no ano passado.
Já no Cartório de Registro Civil do Segundo Subdistrito, apesar de atender partos realizados em hospitais conveniados ao Sistema Único de Saúde, como a Santa Casa e hospitais Samaritano e Modelo, e, principalmente, e as regiões mais populosas de cidade, como a zona norte, onde estão concentrados cerca de um terço da população sorocabana, além de moradores de parte do centro da cidade e bairros do Além-Linha e Além-Ponte, registrou um número menor de nascimentos em 2003 em relação ao do Primeiro Subsdistrito: foram 3.477, uma diferença de 820 nascimentos.
O número de óbitos também foi maior no Primeiro Cartório em relação ao do Segundo Subdistrito. Foram foram 2.999 óbitos, contra 2.120 registrados no mesmo período. A explicação para esse fato, segundo os oficiais responsáveis por esses dois cartórios, estaria, sobretudo, ao fato de o Hospital Regional concentrar um número maior na demanda do atendimento à população sorocabana. "Esse hospital recebe uma grande demanda de pacientes, seja ela para a realização partos como também de casos em que os pacientes venham a nele falecer", disse a responsável pelo cartório do Segundo Subdistrito, Heloísa Helena Prestes Nogueira Fogaça. Já os outros dois cartórios de registro civil da cidade, - um localizado no bairro do Éden e outro em Brigadeiro Tobias -, juntos, registraram 708 nascimentos contra 97 óbitos, em 2003.
A pesquisa apontou ainda que em 2003 em todos os cartórios locais não há registros que demonstrem que um determinado mês o números de nascimentos e de óbitos se sobressaiu em relação ao outro. Todos acompanham uma mesma média mensal. "Em nosso cartório, por exemplo, (1º Cartório) tanto a média de nascimento com de mortos foi a mesma quase todo os meses do ano passado. Só para se ter uma idéia em janeiro foram 372 nascimentos e em fevereiro 306. A diferença de nascimentos nunca passa de 50 de um mês para o outro. Isso também acontece com os registros de óbitos: em fevereiro registramos 149 mortos, contra 150 em março", disse Rosane Lisboa Cordoba, escrevente autorizada do Cartório de Registro Civil do Primeiro Subdistrito. Os cartórios não informaram as principais causas das mortes registradas por cada um deles em 2003 em Sorocaba, uma vez que, segundo os responsáveis, esse tipo de informação ainda não foi apurada em sua totalidade.
Investimentos
Para o professor Paulo Celso da Silva, doutor em Geografia Humana pela Universidade de São Paulo (USP), toda redução da taxa de mortalidade frente ao número de nascimentos em uma cidade significa um bom sinal. Segundo ele, isso é conseqüência de uma série de fatores. Entre eles, os investimentos em melhora da qualidade de vida realizados nos últimos anos; nos serviços de atendimentos médicos hospitalares e, principalmente, em políticas públicas voltadas à redução da mortalidade infantil no município, também implementada com sucesso nos últimos anos.
Entretanto, o especialista alerta que é preciso que investimentos nas áreas da educação e da saúde também continuem a crescer na mesma proporção. "Isso vem acontecendo na cidade, nos últimos anos o município teve êxito nos projetos sociais e atendimentos hospitalares. Houve uma redução nos índices de criminalidade e de mortalidade infantil. Tudo isso reflete em melhoria da qualidade de vida e, conseqüentemente, o município tem uma maior expectativa vida. Ou seja, cresce o número de nascimentos, enquanto que o número de óbitos se mantem numa proporção considerada normal pelo porte dela", disse o especialista.
Autor: Por Marcelo Andrade
Fonte: Jornal Cruzeiro do Sul - Sorocaba
Em relação a 2002, os quatro cartórios juntos contabilizaram em 2003 uma redução de 147 registros de nascimentos, porém, o ano de 2002 teve 117 falecimentos a mais no mesmo período.
De acordo com o levantamento, nos dois maiores Cartórios de Registro Civil da cidade de Sorocaba - que abrangem a maior parte dos bairros da cidade - são registrados cerca de 550 nascimentos a cada mês. O Cartório Civil do Primeiro Subdistrito, que atende aos hospitais Santa Lucinda, Regional e Unimed, além de moradores estabelecidos no bairro do Cerrado e Centro, registrou, em 2003, 4.297 nascimentos, contra 2.999 óbitos, um crescimento vegetativo de 1998 pessoas no ano passado.
Já no Cartório de Registro Civil do Segundo Subdistrito, apesar de atender partos realizados em hospitais conveniados ao Sistema Único de Saúde, como a Santa Casa e hospitais Samaritano e Modelo, e, principalmente, e as regiões mais populosas de cidade, como a zona norte, onde estão concentrados cerca de um terço da população sorocabana, além de moradores de parte do centro da cidade e bairros do Além-Linha e Além-Ponte, registrou um número menor de nascimentos em 2003 em relação ao do Primeiro Subsdistrito: foram 3.477, uma diferença de 820 nascimentos.
O número de óbitos também foi maior no Primeiro Cartório em relação ao do Segundo Subdistrito. Foram foram 2.999 óbitos, contra 2.120 registrados no mesmo período. A explicação para esse fato, segundo os oficiais responsáveis por esses dois cartórios, estaria, sobretudo, ao fato de o Hospital Regional concentrar um número maior na demanda do atendimento à população sorocabana. "Esse hospital recebe uma grande demanda de pacientes, seja ela para a realização partos como também de casos em que os pacientes venham a nele falecer", disse a responsável pelo cartório do Segundo Subdistrito, Heloísa Helena Prestes Nogueira Fogaça. Já os outros dois cartórios de registro civil da cidade, - um localizado no bairro do Éden e outro em Brigadeiro Tobias -, juntos, registraram 708 nascimentos contra 97 óbitos, em 2003.
A pesquisa apontou ainda que em 2003 em todos os cartórios locais não há registros que demonstrem que um determinado mês o números de nascimentos e de óbitos se sobressaiu em relação ao outro. Todos acompanham uma mesma média mensal. "Em nosso cartório, por exemplo, (1º Cartório) tanto a média de nascimento com de mortos foi a mesma quase todo os meses do ano passado. Só para se ter uma idéia em janeiro foram 372 nascimentos e em fevereiro 306. A diferença de nascimentos nunca passa de 50 de um mês para o outro. Isso também acontece com os registros de óbitos: em fevereiro registramos 149 mortos, contra 150 em março", disse Rosane Lisboa Cordoba, escrevente autorizada do Cartório de Registro Civil do Primeiro Subdistrito. Os cartórios não informaram as principais causas das mortes registradas por cada um deles em 2003 em Sorocaba, uma vez que, segundo os responsáveis, esse tipo de informação ainda não foi apurada em sua totalidade.
Investimentos
Para o professor Paulo Celso da Silva, doutor em Geografia Humana pela Universidade de São Paulo (USP), toda redução da taxa de mortalidade frente ao número de nascimentos em uma cidade significa um bom sinal. Segundo ele, isso é conseqüência de uma série de fatores. Entre eles, os investimentos em melhora da qualidade de vida realizados nos últimos anos; nos serviços de atendimentos médicos hospitalares e, principalmente, em políticas públicas voltadas à redução da mortalidade infantil no município, também implementada com sucesso nos últimos anos.
Entretanto, o especialista alerta que é preciso que investimentos nas áreas da educação e da saúde também continuem a crescer na mesma proporção. "Isso vem acontecendo na cidade, nos últimos anos o município teve êxito nos projetos sociais e atendimentos hospitalares. Houve uma redução nos índices de criminalidade e de mortalidade infantil. Tudo isso reflete em melhoria da qualidade de vida e, conseqüentemente, o município tem uma maior expectativa vida. Ou seja, cresce o número de nascimentos, enquanto que o número de óbitos se mantem numa proporção considerada normal pelo porte dela", disse o especialista.
Autor: Por Marcelo Andrade
Fonte: Jornal Cruzeiro do Sul - Sorocaba