Notícias
30 de Junho de 2020
Clipping – Diário do Grande ABC - Morte por doença relacionada ao coração sobe 31% no País e 19% na região
O número de mortes provocadas por doenças cardiovasculares cresceu no País desde o começo da quarentena, comparada com o mesmo período do ano passado. De acordo com Sociedade Brasileira de Cardiologia, o aumento foi de 31% no Brasil entre 16 de março e 31 de maio deste ano. Em 2019 foram 14.938 casos, e neste ano, 19.573.
No Grande ABC, segundo dados levantados pelo Diário junto ao portal da transparência dos cartórios de registro civil, o aumentou foi de 19,3%. Em 2019 foram 723 óbitos, incluindo causas como infarto, acidente vascular cerebral, choque cardiogênico, morte súbita, parada cardiorrespiratória, associada com hipertensão arterial, diabetes mellitus, embolia pulmonar, insuficiência cardíaca, miocardiopatia dilatada, edema pulmonar, bloqueio atrioventricular, arritmia cardíaca, taquicardia supraventricular, taquicardia ventricular, fibrilação atrial, bradiarritmia. Neste ano, no mesmo período, o número saltou para 863.
Esse aumento pode estar associado à queda do atendimento destas doenças em estados agravados somado ao medo das pessoas de contraírem a Covid-19 ao buscar ajuda médica. As unidades hospitalares da Rede D’Or São Luiz na região, por exemplo, relataram cerca de 70% na diminuição do atendimento destas doenças em estados agravados, bem como o mesmo percentual na queda nos tratamentos de problemas crônicos.
Segundo Thiago Líbano, coordenador de cardiologia da Rede D’Or na região, o fato de não buscar assistência médica quando apresentar sintomas e deixar a situação se agravar pode resultar em sequelas irreversíveis. “Estamos em um momento extremamente difícil diante desta pandemia mundial, porém, as doenças crônicas e as novas doenças continuam acontecendo independentemente da pandemia. Já completamos três meses de quarentena e existe a necessidade, primeiramente, de os pacientes que já faziam acompanhamento, seja cardiológico, pneumológico ou qualquer outra especialidade, de continuar as consultas e exames de rotina, que são imprescindíveis para a prevenção e diagnósticos secundários e outras complicações”, comenta.
A aposentada Maria da Silva, 76 anos, moradora de Santo André, fez cateterismo há seis anos e faz acompanhamento anualmente. Mas deixou de ir às consultas e perdeu exames de rotina desde o início da pandemia. “Tenho medo de sair. Estou há três meses em casa. Tenho medo de ir ao hospital e ser infectada”, afirma.
Emerson Aparecido Conceição, 41 anos, de Santo André, é outro caso. Por causa da pandemia, sente medo de sair de casa e não tem ido mais ao médico. O chef de cozinha precisava fazer check-up, mas desistiu. Apesar de estar sentindo dores frequentes nas costas, não procurou especialista “por medo de ir até as unidades que estão atendendo e contrair a Covid-19”, diz. “Tenho medo de sair de casa. Só saio para o trabalho e de fim de semana vou até o mercado perto de casa para comprar pão de manhã”, reforça.
Coordenadora do Pronto-Socorro do Hospital e Maternidade Brasil, em Santo André, Stephanie Padovesi explica que houve o caso de um paciente que estava com quadro de acidente vascular cerebral há quatro dias e não tinha procurado assistência. “O medo é compreensível diante do momento que estamos enfrentando, mas é preciso reforçar que os hospitais estão tomando todas as medidas de segurança preconizadas pelo Ministério da Saúde e estão com fluxos de atendimentos completamente independentes para garantir a segurança de todos”, encerra.
No Grande ABC, segundo dados levantados pelo Diário junto ao portal da transparência dos cartórios de registro civil, o aumentou foi de 19,3%. Em 2019 foram 723 óbitos, incluindo causas como infarto, acidente vascular cerebral, choque cardiogênico, morte súbita, parada cardiorrespiratória, associada com hipertensão arterial, diabetes mellitus, embolia pulmonar, insuficiência cardíaca, miocardiopatia dilatada, edema pulmonar, bloqueio atrioventricular, arritmia cardíaca, taquicardia supraventricular, taquicardia ventricular, fibrilação atrial, bradiarritmia. Neste ano, no mesmo período, o número saltou para 863.
Esse aumento pode estar associado à queda do atendimento destas doenças em estados agravados somado ao medo das pessoas de contraírem a Covid-19 ao buscar ajuda médica. As unidades hospitalares da Rede D’Or São Luiz na região, por exemplo, relataram cerca de 70% na diminuição do atendimento destas doenças em estados agravados, bem como o mesmo percentual na queda nos tratamentos de problemas crônicos.
Segundo Thiago Líbano, coordenador de cardiologia da Rede D’Or na região, o fato de não buscar assistência médica quando apresentar sintomas e deixar a situação se agravar pode resultar em sequelas irreversíveis. “Estamos em um momento extremamente difícil diante desta pandemia mundial, porém, as doenças crônicas e as novas doenças continuam acontecendo independentemente da pandemia. Já completamos três meses de quarentena e existe a necessidade, primeiramente, de os pacientes que já faziam acompanhamento, seja cardiológico, pneumológico ou qualquer outra especialidade, de continuar as consultas e exames de rotina, que são imprescindíveis para a prevenção e diagnósticos secundários e outras complicações”, comenta.
A aposentada Maria da Silva, 76 anos, moradora de Santo André, fez cateterismo há seis anos e faz acompanhamento anualmente. Mas deixou de ir às consultas e perdeu exames de rotina desde o início da pandemia. “Tenho medo de sair. Estou há três meses em casa. Tenho medo de ir ao hospital e ser infectada”, afirma.
Emerson Aparecido Conceição, 41 anos, de Santo André, é outro caso. Por causa da pandemia, sente medo de sair de casa e não tem ido mais ao médico. O chef de cozinha precisava fazer check-up, mas desistiu. Apesar de estar sentindo dores frequentes nas costas, não procurou especialista “por medo de ir até as unidades que estão atendendo e contrair a Covid-19”, diz. “Tenho medo de sair de casa. Só saio para o trabalho e de fim de semana vou até o mercado perto de casa para comprar pão de manhã”, reforça.
Coordenadora do Pronto-Socorro do Hospital e Maternidade Brasil, em Santo André, Stephanie Padovesi explica que houve o caso de um paciente que estava com quadro de acidente vascular cerebral há quatro dias e não tinha procurado assistência. “O medo é compreensível diante do momento que estamos enfrentando, mas é preciso reforçar que os hospitais estão tomando todas as medidas de segurança preconizadas pelo Ministério da Saúde e estão com fluxos de atendimentos completamente independentes para garantir a segurança de todos”, encerra.