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30 de Junho de 2020

Clipping – Veja - Cartórios apontam aumento de 31% nas mortes por doenças cardiovasculares

Durante a pandemia do novo coronavírus, as mortes por doenças cardiovasculares cresceram 31% no Brasil. Os dados são de uma nova seção do Portal da Transparência, desenvolvido pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil) em parceria com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).

Entre 16 de março e 31 de maio de 2019, 14 938 pessoas faleceram por problemas como choque cardiogênico e parada cardiorrespiratória. No mesmo período de 2020, o número saltou para 19 573. Lideram a lista o Amazonas, com aumento de 94%, Pernambuco (85%) e São Paulo (70%).

Especificamente nas mortes registradas como infarto, houve queda de 14%. Isso pode ter acontecido porque as pessoas não procuraram ajuda médica. “O aumento de óbitos domiciliares por causas cardiovasculares sugere que pelo menos algumas das mortes por infarto ocorreram em casa, impedindo o diagnóstico correto”, explicou, em comunicado à imprensa, Marcelo Queiroga, presidente da SBC.

De fato, as estatísticas da Arpen-Brasil mostram que, entre março e junho de 2019, 5 066 mortes em casa por problemas cardíacos não especfiicados foram contabilizadas pelos cartórios. Já em 2020, durante a pandemia, foram 8 863 registros. Ou seja, um crescimento de quase 75%.

Os números servem de alerta para o fato de que os sintomas de infarto não devem ser ignorados ou minimizados por medo de ir ao hospital. “É de se notar ainda que os efeitos deletérios sobre a saúde cardiovascular podem durar mais do que a própria pandemia, porque as medidas de prevenção primária e secundária estão sendo adiadas nesse contexto”, completou Queiroga.

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