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13 de Julho de 2020
Clipping – Veja - Morte de pretos e pardos sobe na pandemia, apontam cartórios
O Brasil já conta mais de 71.000 vítimas do novo coronavírus e se aproxima da triste marca de 2 milhões de casos confirmados. Entre 16 de março e 30 de junho, o país registrou um aumento de 13% no total geral de mortes por causas naturais na comparação com o mesmo período do ano anterior (345.166 em 2019 para 390.078 em 2020), mas a distribuição foi desigual entre a população.
Enquanto o número de mortes entre brancos foi 9,3% maior (166.208 óbitos de pessoas declaradas brancas em 2019 ante 181.591 em 2020), a variação entre os pretos foi de 31,1% (19.662 para 25.782). Para os pardos, o crescimento foi de 31,4% (92.687 para 121.768 em 2020). Já os óbitos entre a população indígena registraram aumento de 13,2% (619 para 701); entre os amarelos, a elevação foi de 15,3% (3.424 para 3.984).
Em números absolutos, morreram de Covid-19 entre 16 de março e 30 de junho 27.036 brancos, 5.020 pretos, 23.413 pardos, 131 indígenas e 919 amarelos. Ou seja, 44,4% dos óbitos são de pessoas declaradas brancas, 38,4% de pessoas declaradas pardas, e 8,2% da população preta. Indígenas representaram 0,24% dos mortos pelo novo coronavírus, amarelos representaram 1,5%; constam como raça/cor ignorada 7,2% dos óbitos causados pela doença.
As informações estão em um novo módulo do Portal da Transparência, plataforma desenvolvida pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil) que reúne registros de óbitos feitos pelos cartórios. Os dados utilizam as informações contidas nas Declarações de Óbitos (DOs), feitas pelos médicos no ato de falecimento, e que são a base da certidão de óbito, documento emitidos pelos cartórios e necessário para o sepultamento.
Os números estarão na página Especial Covid até o final da manhã desta segunda-feira. A base registra as mortes por causas naturais, aquelas que são resultado de doenças ou mau funcionamento do organismo – portanto, mortes violentas, como acidentes de trânsito e assassinatos, ficam de fora. A informação da cor é feita pelo médico na declaração de óbito e sua indicação no Portal da Transparência do Registro Civil segue a classificação do IBGE.
Na plataforma, é possível verificar também o número de mortes por doenças respiratórias e cardíacas, o que especialistas apontam ter ligação com a subnotificação de óbitos por Covid-19 e sobrecarga nos hospitais.
Na comparação entre 16 de março e 30 de junho de 2020 com o mesmo período do ano anterior, registrou-se aumento de 34,5% no número de óbitos no Brasil por doenças respiratórias (insuficiência respiratória, pneumonia, septicemia e síndrome respiratória grave – SRAG). Neste caso, novamente pretos e pardos são os mais atingidos: a população parda viu crescer 72,8% os óbitos, enquanto os pretos registraram aumento de 70,2%. Já o crescimento de óbitos por estas doenças entre os brancos ficou em 24,5%. Índios registraram aumento de 45,5% e amarelos de 40,4%.
O portal apresenta ainda os óbitos por doenças cardíacas (AVC, infarto e demais doenças cardiológicas – morte súbita, parada cardiorrespiratória e choque cardiogênico). Na comparação entre 2019 e 2020, houve um aumento de 0,7%. Mas novamente o aumento foi maior entre pretos (13,7%) e pardos (8,4%). Indígenas tiveram aumento de 2,2%. Já as populações branca e amarela registraram diminuição no período (-0,5%) e (-0,3%) respectivamente.
Enquanto o número de mortes entre brancos foi 9,3% maior (166.208 óbitos de pessoas declaradas brancas em 2019 ante 181.591 em 2020), a variação entre os pretos foi de 31,1% (19.662 para 25.782). Para os pardos, o crescimento foi de 31,4% (92.687 para 121.768 em 2020). Já os óbitos entre a população indígena registraram aumento de 13,2% (619 para 701); entre os amarelos, a elevação foi de 15,3% (3.424 para 3.984).
Em números absolutos, morreram de Covid-19 entre 16 de março e 30 de junho 27.036 brancos, 5.020 pretos, 23.413 pardos, 131 indígenas e 919 amarelos. Ou seja, 44,4% dos óbitos são de pessoas declaradas brancas, 38,4% de pessoas declaradas pardas, e 8,2% da população preta. Indígenas representaram 0,24% dos mortos pelo novo coronavírus, amarelos representaram 1,5%; constam como raça/cor ignorada 7,2% dos óbitos causados pela doença.
As informações estão em um novo módulo do Portal da Transparência, plataforma desenvolvida pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil) que reúne registros de óbitos feitos pelos cartórios. Os dados utilizam as informações contidas nas Declarações de Óbitos (DOs), feitas pelos médicos no ato de falecimento, e que são a base da certidão de óbito, documento emitidos pelos cartórios e necessário para o sepultamento.
Os números estarão na página Especial Covid até o final da manhã desta segunda-feira. A base registra as mortes por causas naturais, aquelas que são resultado de doenças ou mau funcionamento do organismo – portanto, mortes violentas, como acidentes de trânsito e assassinatos, ficam de fora. A informação da cor é feita pelo médico na declaração de óbito e sua indicação no Portal da Transparência do Registro Civil segue a classificação do IBGE.
Na plataforma, é possível verificar também o número de mortes por doenças respiratórias e cardíacas, o que especialistas apontam ter ligação com a subnotificação de óbitos por Covid-19 e sobrecarga nos hospitais.
Na comparação entre 16 de março e 30 de junho de 2020 com o mesmo período do ano anterior, registrou-se aumento de 34,5% no número de óbitos no Brasil por doenças respiratórias (insuficiência respiratória, pneumonia, septicemia e síndrome respiratória grave – SRAG). Neste caso, novamente pretos e pardos são os mais atingidos: a população parda viu crescer 72,8% os óbitos, enquanto os pretos registraram aumento de 70,2%. Já o crescimento de óbitos por estas doenças entre os brancos ficou em 24,5%. Índios registraram aumento de 45,5% e amarelos de 40,4%.
O portal apresenta ainda os óbitos por doenças cardíacas (AVC, infarto e demais doenças cardiológicas – morte súbita, parada cardiorrespiratória e choque cardiogênico). Na comparação entre 2019 e 2020, houve um aumento de 0,7%. Mas novamente o aumento foi maior entre pretos (13,7%) e pardos (8,4%). Indígenas tiveram aumento de 2,2%. Já as populações branca e amarela registraram diminuição no período (-0,5%) e (-0,3%) respectivamente.