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CNJ cria Observatório da Transparência e Integridade no Poder Judiciário
Para fortalecer a
integridade, ética pública, governança e transparência no sistema judiciário
brasileiro e subsidiar ações pela consolidação da confiança da sociedade nas
instituições, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contará agora com o
Observatório Nacional da Integridade e Transparência do Poder Judiciário. O
colegiado atuará por meio da produção de indicadores, gestão de riscos,
formulação de políticas baseadas em evidências, difusão de dados e promoção de
cooperação nacional e internacional.
O ato de criação do
grupo, publicado na terça-feira (30/9), foi anunciado pelo presidente do CNJ e
do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin, em seu discurso de
posse, na tarde de segunda-feira (29/9). “É oportuna a criação de um Observatório
de Integridade e Transparência, que possa dar conta de reunir, analisar e agir
com presteza em favor da legitimidade do Poder Judiciário brasileiro”.
O observatório ficará
vinculado à Presidência do CNJ e terá como membros natos os conselheiros e as
conselheiras do CNJ, a secretária-geral e o secretário de Estratégia e Projetos
do órgão.
Também será formado o
Comitê Diretivo (CD-ONIT), composto por cinco representantes da sociedade
civil, um integrante da magistratura estadual, um da Justiça Federal e um da
Justiça do Trabalho, além de um representante indicado pela Corregedoria
Nacional de Justiça. A participação de membros da sociedade civil no comitê tem
o objetivo de aproximar, cada vez mais, o Judiciário da população brasileira.
Entre os objetivos
previstos na Portaria
322/2025 do CNJ, que instituiu o Observatório, está a
incumbência de monitorar e avaliar a integridade, a transparência e a
governança do Poder Judiciário, produzindo diagnósticos, indicadores e
relatórios periódicos baseados em padrões internacionais.
Outro objetivo é utilizar
mecanismos de alerta precoce, análises de vulnerabilidade e acompanhamento de
tendências de confiança social para identificar e prevenir riscos de corrupção,
conflitos de interesse, captura institucional e outras ameaças à independência
e à imparcialidade da Justiça.
O colegiado também se
debruçará sobre dados e painéis de monitoramento e os
difundirá com o intuito
de assegurar a transparência ativa, o acesso à informação e a participação
social, além de promover cooperação, intercâmbio e capacitação com órgãos do
sistema de justiça, entidades acadêmicas e organismos internacionais,
compartilhando
metodologias, boas práticas e resultados comparativos.
As ações desenvolvidas no
observatório buscarão estimular a cultura de integridade no Poder Judiciário,
por meio de campanhas, eventos, publicações e programas de formação que
fortaleçam valores éticos e de responsabilidade institucional, inclusive estimulando
boas práticas.
O Conselho Consultivo do
Departamento de Pesquisas Judiciárias do Conselho Nacional de Justiça auxiliará
nas atribuições de verificação dos dados disponibilizados pelo Poder
Judiciário, do grau de transparência da instituição, bem como na análise
crítica dos dados existentes. O Conselho lançará editais para a seleção de
instituições de ensino superior, ou congêneres, para auxiliar as atividades a
serem desenvolvidas pelo observatório.
Fonte: CNJ