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Corregedor nacional destaca empenho das corregedorias locais durante posse do CCOGE
O corregedor nacional de justiça, ministro Campbell Marques,
destacou o papel desempenhado pelos órgãos correicionais locais durante a
cerimônia de posse da nova Comissão Executiva do Colégio Permanente de
Corregedores e Corregedoras Gerais de Justiça do Brasil (CCOGE). Realizado na
tarde desta quinta-feira (20/2), no auditório do Conselho Nacional de Justiça
(CNJ), o evento reuniu corregedores de todo o país.
Na avaliação do corregedor, a solenidade marcou não apenas o
encerramento de um ciclo produtivo, mas também o início de uma nova etapa
do CCOGE. “À frente da Corregedoria Nacional há cinco meses, passei a ter
uma visão ainda mais clara sobre a dimensão dos problemas do Poder Judiciário,
sendo alguns deles relacionados à falta de estrutura, ao aumento exponencial de
processos judiciais e à efetividade da prestação jurisdicional”,
ponderou.
De acordo com Campbell, as inspeções ordinárias realizadas
pela Corregedoria Nacional, os encontros e fóruns confirmam sua percepção
pessoal de que as dificuldades da Justiça encontram um corpo de juízes e
juízas muito bem-preparados e uma grande disposição dos tribunais. Em
sua fala, o corregedor defendeu que todos tenham a capacidade de enxergar que,
sobretudo neste momento histórico, a magistratura nacional precisa demonstrar o
seu comprometimento com cidadãos e cidadãs que estão sob sua jurisdição.
O novo presidente do CCOGE, desembargador Gilberto Barbosa,
do Tribunal de Justiça de Rondônia (TJRO), afirmou que os corregedores precisam
ter um olhar voltado às diferenças regionais e seguir firmes no propósito de
assegurar a aplicação uniforme e justa da lei. “Como guardiões do equilíbrio
institucional, os integrantes das corregedorias devem promover a integridade e
a eficiência do sistema de justiça”, declarou. Para Barbosa, o país vive
um momento delicado com ataques reiterados à democracia, à independência do
Judiciário e à própria Constituição Federal.
“Esses ataques, muitas vezes amplificados por comunicação
digital descontrolada, colocam-nos diante de desafios inéditos, pois cabe ao
Judiciário conter abusos e discrepâncias que põem em risco a democracia, cabe
ao Judiciário atuar com firmeza para coibir abusos, sem jamais descurar da
garantia constitucional da liberdade de expressão”.
Despedida
Jomar Fernandes, desembargador do Tribunal de Justiça do
Amazonas (TJAM) que presidiu o Colégio em 2024, destacou em seu discurso de
despedida do cargo os importantes debates travados em todo o país pelos
corregedores. “Tivemos encontros de corregedores do Norte, realizados em três
edições, e o Encontro Nacional de Corregedores-Gerais. Foi de fato um belo
capítulo da minha história, enriquecedor e significativo, sobretudo pelos laços
de amizade que eu conquistei, pelos avanços no estreitamento das relações institucionais
e pelo fortalecimento das corregedorias estaduais”, destacou.
Fonte: CNJ