Na noite da última quarta-feira (12), a Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado de São Paulo (Arpen-SP) realizou transmissão ao vivo sobre o tema: “Boas práticas para a conservação dos Livros e a importância histórica do RCPN”.
 
Participaram da live Nilza Saiki, bibliotecária, museóloga, encadernadora e restauradora de papéis; e Marco Antonio Greco Bortz, oficial de RCPN do 1º Subdistrito de Santo André/SP. Flávio Aparecido Rodrigues Gumieri, oficial de RCPN do 27º Subdistrito - Tatuapé, e integrante do Conselho de Ética da Arpen-SP, foi o responsável pela mediação do bate-papo.
 
A bibliotecária iniciou o bate-papo ressaltando a importância de registradores civis e demais colaboradores dos Cartórios se dedicaram a uma boa conservação dos livros. Segundo ela, mesmo os funcionários que atuam na limpeza das serventias devem receber treinamento para que seja feita higienização adequada das peças.
 
Saiki explicou sobre cuidados que devem ser tomados no armazenamento dos livros, relacionados ao espaço físico onde ficam guardados – temperatura, posição, entre outros fatores. “Tudo isso é importante para que os livros se mantenham bem conservados e não seja necessário o trabalho de restauração, algo que custa caro”, disse a bibliotecária.
 
Para além das ações preventivas, Saiki também deu dicas aos espectadores sobre como lidar com livros que, por alguma razão, se encontrem deteriorados. “A vigilância precisa ser constante, para que esses casos sejam identificados rapidamente. Sempre há de ter alguém observando as condições dos livros”, explicou.
 
Na sequência, Bortz contou um pouco sobre a história do RCPN no país e sobre as diferentes práticas de armazenamento dos registros que já foram adotados pelos Cartórios. “Nós somos conservadores de direitos, e daí vem parte da nossa relevância”, exclamou. Pelo fato de os registros carregarem parte tão importante da história de uma sociedade, na opinião do registrador civil, é de fundamental importância a divulgação do conhecimento sobre a boa conservação dos livros para que, assim, todos possam contribuir para a durabilidade das obras.
 
Em seguida, o mediador repassou algumas perguntas à bibliotecária a respeito de práticas que devem ser adotadas no dia a dia das serventias. Por fim, Bortz ressaltou a necessidade de que os Cartórios atuem, cada vez mais, na digitalização dos registros, para que possa haver diminuição do manuseio dos livros – o que contribui imensamente para sua melhor conservação.