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Expedição Jurídica: Conheça o cartório do vice-presidente da Arpen/SP, em Ribeirão Preto
A Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do
Estado de São Paulo (Arpen/SP) visitou o Oficial de Registro Civil das
Pessoas Naturais do 2º Subdistrito de Ribeirão Preto, sob direção do
vice-presidente da associação, o registrador Leonardo Munari de Lima.
Fundado em 1º de setembro de 1950, o cartório está localizado
na Rua Coronel Luiz da Cunha, nº 669, no bairro de Vila Tibério, Ribeirão
Preto/SP - 14050-040. De acordo com oficial, um dos nomes mais atuantes da
atividade extrajudicial, o cartório conta com 19 colaboradores contratados e 5
estagiários, realizando uma média mensal de mais de 100 mil atos.
Leonardo Munari começou sua carreira como auxiliar e
escrevente no Registro Civil e Tabelião de Notas do Distrito de Parelheiros -
Comarca da Capital, onde trabalhou por mais de 12 anos. Mais recentemente,
respondeu, pelo período de 3 anos e 8 meses, interinamente pelo Registro Civil
e Tabelião de Notas do Distrito de Pradópolis, na Comarca de Guariba.
Em entrevista exclusiva, o registrador contou os principais desafios
na prestação dos serviços. Segundo Leonardo Munari, a percepção que as pessoas
ainda têm sobre os cartórios e a dificuldade em encontrar mão de obra
qualificada ainda são algumas barreiras.
“Enfrentamos muitos desafios. Um deles é a visão que as
pessoas têm do cartório, muitas vezes associando-o à burocracia e à ideia de
que é um lugar onde se ganha muito dinheiro. Esse é um estigma difícil de
superar, até quando conversamos com alguns deputados, que compartilham desta
mesma visão. Temos adversários que, muitas vezes, nem conhecem nosso trabalho
ou como podemos ajudar, mas já carregam esse preconceito”, declarou.
“Outra questão é a mão de obra qualificada. Isso não é
exclusivo dos cartórios, é uma dificuldade que toda empresa enfrenta nos dias
atuais. Encontrar, treinar e qualificar profissionais exige paciência, algo que
tem se tornado escasso. As pessoas querem começar já ganhando bem e acham que
sabem tudo, mas nosso nicho é muito específico. Inclusive, nas faculdades de
direito não existe uma disciplina sobre cartórios. Quem aprende, acaba aprendendo
no próprio cartório. Esses dois pontos, na minha opinião, são os mais críticos.
As pessoas precisam entender melhor o que é o cartório, como ele funciona e os
benefícios que traz para a população. O Registro Civil, por exemplo, tem
conseguido demonstrar sua importância para o poder público, que agora começa a
enxergar o valor dos dados que fornecemos, como registros de nascimentos,
óbitos e casamentos. Essas informações são fundamentais para a administração
pública tomar decisões”, acrescentou o registrador.
Ao ser perguntado sobre sugestões para melhorar a prestação
de serviços dos cartórios, Leonardo Munari sugeriu um diálogo cada vez mais
constante com o poder público.
“Essa aproximação com o poder público em todas as esferas —
judiciário, legislativo e executivo — vem acontecendo, mas é um processo
difícil. A cada nova legislatura ou corregedoria, é preciso recomeçar o
trabalho de diálogo e mostrar que estamos comprometidos em oferecer um bom
serviço. Há grandes cartórios, mas a maioria é de porte médio ou pequeno, e
precisamos sempre reforçar essa realidade”, pontuou.
“Em relação à mão de obra, é essencial treinar o próprio
oficial e os substitutos, criando, dentro das serventias, departamentos
específicos, mesmo que seja com apenas uma pessoa responsável por recursos
humanos. Precisamos adotar métodos mais profissionais para entrevistar,
contratar e qualificar talentos. Hoje, eu brinco que não sou mais apenas o
oficial de registro, sou também gestor de recursos humanos”, completou.
Leonardo Munari destacou ainda a importância de encontros
entre oficiais e colaboradores, algo que se perdeu com a pandemia de Covid-19,
mas que vem sendo retomado com cada vez mais frequência nos últimos meses.
“Durante a pandemia, os cursos e encontros presenciais foram
interrompidos, e acredito que todos sentiram falta dessas reuniões. É
fundamental promover esses encontros entre oficiais e colaboradores, para que
possam trocar ideias e experiências entre cartórios. Fico feliz que a Arpen/SP
esteja retomando essas atividades e espero que continuem”, concluiu.
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Fonte: Assessoria de Comunicação Arpen/SP