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21 de Fevereiro de 2022

G1 Mogi - Cartórios do Alto Tietê registraram seis vezes mais mortes por Covid-19 em janeiro, aponta Arpen

Alta é em relação a dezembro, que teve um dos menores índices de toda a pandemia. Foi o segundo aumento desde abril de 2021, de acordo com os dados da Arpen.

Depois de registrar um dos menores números de toda a pandemia, os cartórios do Alto Tietê voltaram a ter aumento nos atestados de óbito por Covid-19. Em janeiro foram 82 registros, o que é cerca de seis vezes maior do que o observado no mês anterior (veja o gráfico abaixo).

Os dados são da Associação de Registradores de Pessoas Naturais (Arpen). O índice observado agora é o mais elevado desde agosto de 2021, quando os cartórios atestaram 90 óbitos em decorrência do coronavírus.

O balanço inclui números de Arujá, Biritiba Mirim, Ferraz de Vasconcelos, Guararema, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, Poá, Salesópolis, Santa Isabel e Suzano. É considerado o local de registro e não necessariamente onde a pessoa morava.

De acordo com os dados da Arpen, os cartórios da região vinham registrando queda nas mortes por Covid-19 desde abril de 2021. O único aumento havia sido observado em outubro, que teve duas vítimas a mais que setembro.

Porém, embora represente uma inflação na comparação com dezembro, o total de vidas perdidas em janeiro de 2022 é 66,5% menor do que o registrado no mesmo mês do ano passado (veja o gráfico acima).

Além disso, a alta ocorre em meio ao avanço da variante ômicron, que tende a ser mais grave entre pessoas não vacinadas. Um levantamento realizado pelo g1 em fevereiro mostrou que cerca de 310 mil moradores da região estavam com o esquema vacinal incompleto.

A imunização continua sendo a estratégia mais eficaz de combate à Covid-19. Dados estaduais apontam que o país vive uma "pandemia de não-vacinados", pois a maioria das mortes ocorre entre o público que deixou de receber alguma dose.

Seguindo a tendência de quase toda a pandemia, os idosos foram maioria entre as vítimas da doença no primeiro mês de 2022. A única vez que esse cenário se inverteu foi entre junho e julho do ano passado.

Dessa vez, os moradores acima de 60 anos representam 73,1% das vítimas fatais. Desse total, 48,7% tinham entre 60 e 70 anos. Em seguida está o público de 40 a 59, com 24,3% do total de atestados de óbito.

Fonte: G1 - Mogi das Cruzes e Suzano

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