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23 de Janeiro de 2023

G1 Mogi - Número de atestados de óbito por Covid-19 cai em quase 10 vezes no Alto Tietê em 2022

Número faz comparação com 2021. Dados enviados pelos cartórios também mostra mudanças no perfil das vítimas do coronavírus.

Após dois anos de pandemia, 2022 terminou com uma redução acentuada nas mortes por Covid-19. Dados dos cartórios do Alto Tietê mostram que o número de atestados de óbito pela doença caiu em quase 10 vezes na comparação com 2021.

As informações foram enviadas pela Associação de Registradores de Pessoas Naturais (Arpen) a pedido do g1. O número de vidas perdidas passou de 3.051 para 307. Além disso, desde 2020, o segundo semestre do ano passado foi o que teve menos óbitos.

O balanço inclui números de Arujá, Biritiba Mirim, Ferraz de Vasconcelos, Guararema, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, Poá, Salesópolis, Santa Isabel e Suzano. De acordo com a Arpen, é considerado o local de registro e não necessariamente onde a pessoa morava.

Seguindo a tendência que já surgia no segundo semestre de 2021, no ano passado o Alto Tietê registrou os mais baixos índices de Covid-19. Nos meses de abril, maio, agosto, setembro, outubro e novembro o total de atestados de óbito foi menor, inclusive, do que no primeiro mês da pandemia.

Na comparação do segundo semestre, entre os dois últimos anos, a diminuição nos registros de morte pelo coronavírus foi de 84% em 2022, conforme os dados da Arpen. Com relação a 2020, quando sequer havia vacina para a doença, a retração é ainda maior, de 93%.

Idade das vítimas

A idade das vítimas também chama a atenção na comparação entre os anos da pandemia. No segundo semestre de 2020, mais da metade dos atestados de óbito (52,8%) eram de pessoas com idades entre 60 e 79 anos. Na sequência estavam os públicos de 40 a 59, com 22,9%, e de 80 a 99, com 20,6%. As pessoas abaixo de 39 anos representavam cerca de 3% do total.

O cenário começou a mudar em 2021, quando a vacinação avançou por todo o país. Dos 462 registros de morte emitidos de julho a dezembro, apenas 36,1% eram de pacientes com idades de 60 a 79. Em contrapartida, as pessoas de 40 a 59 vinham em seguida, representando 37,6%. Em seguida, as faixas de 80 a 99 (16,8%), 20 a 39 (6,2%) e abaixo de 19 (1,7%).

Em 2022, os idosos de 60 a 79 anos voltaram a ser maioria entre as vítimas, representando 46,4%, seguidos pelos de 80 a 99, com 26,7% do total. Pacientes de 40 a 59 eram 18,3%, enquanto os grupos de 9 a 19 e 20 a 39 tiveram três óbitos cada no segundo semestre.

Fonte: G1 – Mogi das Cruzes e Suzano

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