Notícias

16 de Janeiro de 2023

G1 Mogi - Recorde no pico da pandemia, registros de óbito caem 18,3% nos cartórios do Alto Tietê em 2022

Apesar da redução, número ainda é maior do que o observado antes da crise provocada pela Covid-19. Dados são da Arpen e mostram ainda que o total de nascimentos também diminuiu no ano passado.

Depois de baterem recorde no pico da pandemia, os registros de óbito tiveram queda nos cartórios do Alto Tietê em 2022. Segundo a Associação de Registradores de Pessoas Naturais (Arpen), 10.412 mortes foram atestadas ao longo do ano, o que indica uma queda de 18,3% em relação à 2021.

Apesar da redução, o índice ainda é maior do que o observado antes da crise sanitária provocada pela Covid-19. Além disso, informações da Arpen indicam que os registros de nascimento continuam em baixa e atingiram o menor patamar desde o início da série histórica.

O levantamento inclui Arujá, Biritiba Mirim, Ferraz de Vasconcelos, Guararema, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, Poá, Salesópolis, Santa Isabel e Suzano. Foram considerados os dados do Portal da Transparência do Registro Civil, que pode ser consultado on-line.

Com o envelhecimento da população, o número de mortes atestadas nos cartórios do Alto Tietê já mostrava um aumento natural. Desde o início da série histórica, em 2003, foram 11 crescimentos no indicador, contra apenas 7 quedas na comparação entre anos.

No entanto, foi com a pandemia que atingiu a maior alta. De 2019 a 2020, ocorreu a primeira disparada, de 10,4%. No ano seguinte a elevação foi de 18,8%, o que levou o total a 12.750. Agora a região teve a queda mais acentuada de todo o período.

Os nascimentos também seguiam uma tendência, que neste caso era de queda, desde 2019. Até aquele ano, o índice mais baixo era o de 2009, quando os cartórios registraram 21.083 nascidos vivos. Desde então, apenas duas quedas foram observadas.

No ano anterior ao anúncio da pandemia, o total de bebês que vieram ao mundo no Alto Tietê começou a cair e seguiu em baixa consecutivas até o ano passado. Dessa forma, de 2018 a 2022 sofreu retração de 12,7% e é o menor desde 2003.

Impactos da pandemia

No primeiro semestre de 2021, os cartórios de Mogi das Cruzes tiveram mais registros de óbito do que nascimentos. O cenário, registrado pela primeira vez na história da cidade, é um dos exemplos do impacto da pandemia nas estatísticas vitais da região e, consequentemente, do país.

Na época, o oficial de registro civil do Cartório de Jundiapeba, Rodrigo Napolitano, disse em entrevista ao g1 que, além da alta nas mortes - que atingiram recordes ao longo do ano - a escolha da população em adiar ou evitar a gravidez também poderia explicar esses resultados.

Fonte: G1 – Mogi das Cruzes e Suzano

Assine nossa newsletter