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26 de Janeiro de 2022

G1 Piracicaba - Registros de nascimentos têm queda pelo quinto ano consecutivo em Piracicaba, aponta Arpen

Foram 4.828 bebês nascidos na cidade, conforme a plataforma, número 3,7% menor do que o registrado em 2020. Desde 2017, redução foi de 9,7%.

Piracicaba (SP) registrou em 2021, pelo quinto ano consecutivo, queda nos registros de nascimentos, segundo o Portal da Transparência do Registro Civil, da Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado de São Paulo (Arpen-SP).

Foram 4.828 bebês nascidos na cidade, conforme a plataforma, número 3,7% menor do que o registrado em 2020, quando foram 5.017. A quantidade de bebês vem caindo desde 2017.

Se comparar a quantidade de crianças nascidas em Piracicaba em 2017 e 2021, a queda foi de 9,7% em cinco anos.

Na Santa Casa, um dos hospitais com maternidade na cidade, foram 2.141 partos registrados em 2021, conforme a administração da unidade. Apesar da queda no balanço do município, no hospital a quantidade de nascimentos aumentou entre 2020 e 2021.

Já entre 2019 e 2020 houve redução de 5% nos partos. Foram 2.197 e 2.088, respectivamente. O hospital atribui essa redução entre um ano e outro à pandemia da Covid-19.

Em março de 2020, início do período da pandemia no Brasil, Flavia Bobillo deu à luz a pequena Lorena Bobillo Hyppolito na Santa Casa. Na época, o marido Fabiano Hyppolito não pôde acompanhar o parto.

“Foi um período bem difícil. A Lorena nasceu no dia 31 de março de 2020 e naquela época pouco se sabia dessa pandemia. Os partos não podiam ter a presença de um acompanhante e nos quartos só ficavam a mãe e o bebê. Meu marido só foi conhecer nossa filha no dia da alta e depois de chegarmos em casa, foram 6 meses isolados de tudo, sem visita, sem passeio, nada”, lembrou.

Queda no pré-natal

Segundo a enfermeira coordenadora da Maternidade da Santa Casa de Piracicaba, Janaina Higashi, além da queda no número de partos em 2020, durante a pandemia também houve redução no acompanhamento pré-natal das gestantes.

Esse acompanhamento é essencial para o monitoramento da saúde e desenvolvimento do bebê e da mãe. “Sempre que questionamos o porquê de não ter realizado o pré-natal, praticamente 100% das pacientes alegam que o motivo era a pandemia, o medo de ter que sair de casa e se contaminar", contou.

O ginecologista e obstetra, Gilberto Pettan, que atua há 46 anos na Santa Casa, afirmou que o número de partos voltou a aumentar no fim de 2021. “Realmente notamos uma queda do número de partos de 2020 até outubro do ano passado, mas desde então, a quantidade de nascimentos tem se normalizado."

Fonte: G1 - Piracicaba e região

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