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Mais de 17 milhões de apostilamentos já foram realizados por cartórios brasileiros
Em nove anos de adoção da Convenção da
Apostila da Haia — tratado internacional que visa simplificar a
legalização de documentos entre países
signatários —, o Brasil já registrou 17 milhões de
apostilamentos realizados pelos cartórios nacionais. No ano
passado, foram feitos 3,3 milhões de apostilamentos, uma média de 275
mil por mês. A quantia representa quase 27% a mais do que a
registrada em 2023, de 2,6 milhões de emissões. Somente nos três
primeiros meses de 2025, 600 mil apostilamentos foram
realizados.
O Distrito Federal (4 milhões), São Paulo (1,6 milhão) e Rio
de Janeiro (1 milhão) foram as unidades da Federação que mais realizaram
apostilamentos ao longo dos anos, tendência que vem se repetindo desde 2020. Os
dados são do Colégio Notarial do Brasil (CNB), que revela ainda que, desde
2022, com o lançamento da Apostila Digital de Documentos, mais de 105 mil
emissões foram feitas por esse meio em quase 1,4 mil cartórios
credenciados.
O apostilamento certifica, perante autoridades de países
signatários da Convenção de Haia, a autenticidade dos documentos públicos, com
reconhecimento mútuo. Antes da apostila entrar em vigor, para um documento ser
aceito por autoridades estrangeiras, era necessário fazer o trâmite por
diversas instâncias, gerando as chamadas “legalizações em cadeia”.
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) é hoje o responsável
por coordenar e regulamentar a aplicação da Convenção da Apostila de Haia no
Brasil, que pode ser realizado em cartórios e tabelionados registrados e
habilitados pelo CNJ ou por meio da plataforma de apostilamento eletrônico.
Atualmente, há 2.315 cartórios credenciados em todo o país.
Fonte: CNJ