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Ministra dos Povos Indígenas e presidente da Funai participam da entrega dos registros de nascimento com nomes indígenas no CNJ
Nesta terça-feira (8/4), a partir das 16h, o Conselho Nacional
de Justiça (CNJ) realizará uma cerimônia para registrar a alteração no nome de
nascimento da presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai),
Joênia Wapichana, e do vereador e escritor Daniel Munduruku e de outras
lideranças indígenas. Em seus registros de nascimento, haverá a inclusão da
etnia ao nome originalmente registrado.
A alteração passou a ser permitida em dezembro de 2024,
quando foi aprovada a Resolução Conjunta CNJ/CNMP nº 12/2024, que dispõe sobre o registro civil de
nascimento da pessoa indígena. Agora, é possível que a pessoa indígena
modifique seu nome, extrajudicialmente. Fica permitido, inclusive, que seja
incluído em seu nome, a etnia, o grupo, o clã e a família indígena a que essa
pessoa pertence. Essas informações poderão constar no documento mediante
solicitação do declarante, incluindo a sua inclusão em grafia na língua
indígena, caso desejado.
Para facilitar o acesso das pessoas indígenas ao registro
tardio, que ocorre quando a pessoa não é registrada assim que nasce, foi
eliminada a obrigatoriedade da apresentação do Registro Administrativo de
Nascimento de Indígena (RANI). O texto prevê outras formas de comprovação da
etnia indígena apenas em caso de suspeita de fraude ou falsidade. O CNJ também
aprovou a exclusão dos termos “integrados’ e “não integrados” das certidões de
pessoas indígenas.
Haverá ainda o lançamento da Cartilha Registro Indígena,
elaborada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais
(Arpen-Brasil), com o apoio do CNJ, do CNMP, do MPI e da Funai. O guia tem como
objetivo orientar a população indígena sobre seus direitos e os procedimentos
para obtenção do registro civil de nascimento.
Sessão
A solenidade acontecerá durante a 5.ª Sessão Ordinária de
2025, que traz nove processos para deliberação do Plenário. Entre os itens a
serem analisados, estão cinco processos administrativos disciplinares, duas
revisões disciplinares, um procedimento de controle administrativo e um recurso
administrativo em pedido de providências.
Acesse a pauta da 5ª Sessão Ordinária de 2025
As advogadas e os advogados, assim como as partes do
processo que tiverem interesse em sustentar oralmente, podem fazê-lo por
videoconferência ou presencialmente no Plenário do CNJ, em Brasília. Se optarem
pela videoconferência, devem entrar em contato com a Secretaria Processual do
órgão pelo telefone (61) 2326-5180 ou pelo e-mail secretaria@cnj.jus.br até a
segunda-feira (10/2) para o envio do link.
Repórteres e fotógrafos poderão acessar a cerimônia sem
necessidade de credenciamento prévio. Basta se identificar na portaria do
prédio e solicitar o crachá de imprensa para que possamos organizar o trabalho
no Plenário. Haverá um local destinado aos profissionais de imagem, localizado
atrás da última fileira de cadeiras.
Fonte: CNJ