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26 de Agosto de 2024

Rebeca Andrade: nascida e registrada em Guarulhos, a maior atleta olímpica do Brasil supera lesões e faz história na ginástica

Com a conquista do ouro na final do solo da ginástica artística nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, a ginasta Rebeca Andrade gravou definitivamente seu nome na história do esporte olímpico brasileiro, tornando-se a maior medalhista do país na história dos Jogos.

Aos 25 anos, a atleta já conquistou seis medalhas. Em Tóquio 2020, Rebeca foi ouro no salto e prata no individual geral. Em Paris 2024, conquistou ouro no solo, prata no salto, prata no individual geral e bronze na disputa por equipes femininas.

Conheça a história de Rebeca Andrade

Natural de Guarulhos, São Paulo, Rebeca Rodrigues de Andrade nasceu em 8 de maio de 1999. De família humilde, a ginasta é filha de Ricardo José Marculino de Andrade e Rosa Rodrigues dos Santos Andrade, e tem sete irmãos.

Rebeca começou a treinar ginástica artística aos quatro anos de idade, em um projeto social voltado para o esporte, organizado pela prefeitura de Guarulhos. Quem a introduziu à modalidade foi uma tia, que percebeu seu talento e a levou para os treinos no ginásio Bonifácio Cardoso.

Rebeca encantou a treinadora Mônica dos Anjos logo nos primeiros movimentos. Por conta de sua desenvoltura, recebeu o apelido de "Daianinha de Guarulhos", em referência à ginasta Daiane dos Santos, um dos maiores ícones da ginástica brasileira.

Em 2011, Rebeca chegou ao Flamengo, seu atual clube, e no ano seguinte surpreendeu ao conquistar o Troféu Brasil de Ginástica Artística. Embora essa tenha sido sua primeira competição na elite, ela superou nomes já consagrados na modalidade, como Jade Barbosa e Daniele Hypólito.

Seu primeiro resultado expressivo em grandes competições foi na etapa da Copa do Mundo realizada em Ljubljana, na Eslovênia, onde conquistou a medalha de bronze nas barras paralelas assimétricas. Apesar do bom desempenho na temporada, Rebeca sofreu uma grave lesão no ligamento cruzado anterior do joelho direito, precisando passar por cirurgia e ficando de fora dos Jogos Pan-Americanos de 2015 e do Campeonato Mundial.

No entanto, seu retorno às competições foi magistral. Em 2016, a ginasta conquistou cinco medalhas nas etapas da Copa do Mundo e estreou na Olimpíada do Rio de Janeiro. Em 2017, após um início de temporada com três medalhas de ouro em etapas da Copa do Mundo, Rebeca sofreu uma nova lesão ligamentar, ficando novamente de fora do Campeonato Mundial.

Rebeca voltou a competir em setembro de 2018, no Campeonato Pan-Americano realizado em Lima, no Peru. Sua estreia no Campeonato Mundial foi em Doha, no Catar, onde ficou em quarto lugar na competição por equipes. Na etapa da Copa do Mundo em Cottbus, a atleta conquistou duas medalhas de ouro e uma de prata.

Em 2019, veio a terceira lesão ligamentar no joelho. Àquela altura, a nova cirurgia colocou em dúvida a participação de Rebeca e da seleção brasileira nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.

Em razão da pandemia de Covid-19, a Olimpíada de Tóquio só pôde ser realizada em 2021. Com mais tempo para se recuperar da cirurgia no joelho, Rebeca conseguiu se preparar melhor para a competição. Sua participação foi em grande estilo: prata no individual geral e ouro no salto.

A partir daí, a carreira da ginasta decolou, com expressivos resultados e medalhas no Campeonato Mundial de 2021, em Kitakyushu, Liverpool em 2022, Antuérpia em 2023, e nos Jogos Pan-Americanos de Santiago em 2023.

A certidão de nascimento de Rebeca Andrade foi registrada no Oficial de Registro Civil das Pessoas Naturais de Guarulhos – 1º subdistrito. 

Fonte: Assessoria de Comunicação Arpen/SP


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